Desde que assumiu o cargo de presidente do Brasil, Jair Bolsonaro tem deixado claro sua intenção de mudar as diretrizes do Ministério Público e colocar um procurador-geral que esteja alinhado com suas ideologias políticas. No entanto, essa escolha não tem sido bem recebida por grande parte da sociedade brasileira.

O escolhido pelo presidente para ocupar o cargo de Procurador-Geral da República é Augusto Aras, que é atualmente subprocurador geral da República. Apesar de ter um currículo respeitável na área jurídica, a indicação de Aras tem gerado polêmica por não ter sido feita através da lista tríplice que é tradicionalmente apresentada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

A escolha fora da lista tríplice tem gerado críticas por parte de membros do Ministério Público, que afirmam que essa decisão não respeita a autonomia da instituição. Além disso, Aras também tem sido criticado pela falta de transparência em relação a suas opiniões políticas e jurídicas e por ter sido acusado de plágio em seu doutorado.

Outro ponto que tem gerado preocupação é o histórico de Aras em relação às pautas relacionadas aos direitos humanos e ao meio ambiente, que são temas sensíveis e que têm sido alvo de críticas por parte de organizações nacionais e internacionais.

A preocupação se deve ao fato de que, como procurador-geral da República, Aras terá grande poder de influência sobre questões importantes para o país, como a operação Lava Jato e as investigações relacionadas à corrupção no governo.

Para muitos, a escolha de Augusto Aras como Procurador-Geral da República é um retrocesso na luta contra a corrupção e na defesa dos direitos humanos e do meio ambiente no país. A expectativa é que a pressão popular e das instituições possa fazer com que o presidente reveja sua escolha e volte a respeitar as condições legais estabelecidas para a escolha do PGR.